Carry On – Rainbow Rowell

Carry-On-Rainbow-Rowell

“Simon Snow is the worst chosen one who’s ever been chosen.

That’s what his roommate, Baz, says. And Baz might be evil and a vampire and a complete git, but he’s probably right.

Half the time, Simon can’t even make his wand work, and the other half, he sets something on fire. His mentor’s avoiding him, his girlfriend broke up with him, and there’s a magic-eating monster running around wearing Simon’s face. Baz would be having a field day with all this, if he were here—it’s their last year at the Watford School of Magicks, and Simon’s infuriating nemesis didn’t even bother to show up.

Carry On is a ghost story, a love story, a mystery and a melodrama. It has just as much kissing and talking as you’d expect from a Rainbow Rowell story—but far, far more monsters.”

Carry on é mais, muito mais do que uma fanfic que virou livro.

Uma das coisas mais importantes desse livro, é o seu desenvolvimento. No começo, tudo é engraçado, como uma sátira a alguns livros, não apenas Harry Potter. Quase como alguns filmes que vemos no cinema, que se utilizam de histórias prontas e fazem uma piadinha, mudando uma coisa ou outra. E vamos ser sinceros, no começo você pode até dar risada, mas acaba cansando de tanta piada e nenhuma novidade, não há a criação ou o desenvolvimento de uma história real. É apenas uma grande brincadeira com algo que já existe.

Mas é exatamente o que não acontece nesse livro. O humor está presente em toda a história, o que torna a leitura bem descontraída, mas logo que todos os personagens e o universo são apresentados, tudo passa a seguir seu próprio curso. Isso é bem importante, porque o livro deixa de ser uma piada e torna-se uma história independente e muito boa.

O “universo” de Simon e Baz, surge inicialmente em outro livro da autora, Fangirl, onde a personagem principal escreve fanfics sobre esses dois personagens. Apesar disso, você (assim como eu) não precisa ler Fangirl para entender o que se passa em Carry on, pois a história não é a fanfic escrita no livro anterior.

O livro ainda não foi lançado no brasil, mas a Novo Século já comprou os direitos do livro e promete a chegada do mesmo no início de 2016. Mas pra quem não quer esperar, a linguagem é bem simples, como todo bom livro YA e se você tiver um nível de inglês intermediário, pode ler esse livro maravilhoso. No início, algumas palavras podem precisar da ajuda de um dicionário, mas com a progressão da história, fica bem mais fácil. Apesar de ser uma escrita mais simples, ela não é boba. Eu acabei devorando lendo o livro em dois dias e meu inglês não é dos melhores.

Apesar do livro ser escrito como se fosse o sétimo de uma série, a história é bem construída o suficiente para que ele dispense a existência desses livros anteriores. Apesar disso, algumas coisas são deixadas em aberto e eu tenho a curiosidade de saber o que acontece depois, mesmo que acredite quem um livro inteiro apenas para responder essas perguntas, um exagero.

Eu recomendo uma releitura do livro, pois inicialmente estamos tentando descobrir o mistério e o que vai acontecer com os personagens e acabamos nos deixando levar pelo humor do livro. Mas ao reler, percebemos uma série de coisas novas, com os conhecimentos que já temos e o livro acaba tendo uma história bem triste. É impressionante como há toda uma nova perspectiva ao ler o livro novamente.

Isso é basicamente tudo o que posso contar sem dar spoilers sobre o livro, mas caso você já tenha lido, fique a vontade pra comentar o que achou e podemos discutir sobre esse livro incrível.

Para que não haja um mal entendido, a minha pontuação em relação a originalidade dessa história, não se dá pelo universo no qual ela se passa, mas pela capacidade da autora de utilizar um universo conhecido, com personagens semelhantes aos existentes e conseguir extrair uma narrativa original disso, o que na minha opinião, é bem difícil.

Avaliação 

Narrativa – ♥♥♥♥♥

Impacto da história – ♥♥♥♥♥

Originalidade – ♥♥♥♥♥

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